quarta-feira, 19 de novembro de 2008

RESUMO DA TRAJETÓRIA DO GRUPO

GRUPO ESPERANÇAR: TRAJETÓRIA DE VIDA NO CÍRCULO DE CULTURA
Domingos Arthur Feitosa Petrola1
Verônica Salgueiro do Nascimento2
O objetivo deste trabalho é relatar a trajetória do grupo Esperançar. Esse grupo tem como origem o interesse em vivenciar e aprofundar as contribuições sistematizadas pelo autor Paulo Freire. Inicialmente, o grupo se reuniu no segundo semestre de 2005, com a intenção de estudar a obra Pedagogia do Oprimido. O grupo é formado principalmente por educadores e educandos do curso de Psicologia da Universidade de Fortaleza. Contudo, a perspectiva do grupo é construir diálogos interdisciplinares permanecendo aberto para a participação de novos integrantes. Atualmente, o grupo dedica-se à atividade de redefinição de sua identidade, seus objetivos e possibilidades de atuação.
Dos atuais objetivos destacam-se os seguintes: Estudar as obras principais de Paulo Freire a partir de temas geradores definidos pelos participantes do grupo; Fortalecer parcerias com áreas afins da Psicologia na direção de uma prática interdisciplinar fundamentada nos princípios da obra freireana; Subsidiar debates e intervenções pautadas nos conceitos de Paulo Freire; Desenvolver pesquisas e produzir textos científicos para publicação e divulgação do pensamento freireano.
No presente texto, gostaríamos de enfatizar o posicionamento de Freire (2005)3 ao defender a esperança, conceito muito presente na trajetória de vidas dos integrantes e que veio a ser escolhido para nomear o grupo. A construção do conhecimento no espaço universitário a partir do encontro grupal precisa do sentimento de esperança. “Não é, porém, um cruzar de braços e esperar. Movo-me na esperança enquanto luto e, se luto com esperança, espero” (FREIRE, 2005, p. 95).
Outra categoria muito pertinente ao grupo é a do diálogo. Para Freire (2005), os homens se encontram por meio do diálogo. No entanto, não há diálogo se não há um profundo amor ao mundo e aos homens.
De acordo com a concepção da educação libertadora, o seu alvo principal consiste na vocação humana de ser mais. Esta só ocorre no terreno da intercomunicação, não se faz isoladamente. “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo” (FREIRE, 2005, p.78).
Freire (2002)4 entendia que o ato de estudar não é um ato de consumir idéias, mas de criá-las e recriá-las. Só entre sujeitos pode-se superar a relação de opressão marcadamente presente nas práticas da educação bancária para que a educação libertadora possa ser vivenciada.
A educação não representava a única via para a transformação social, porém foi considerada como um dos mais poderosos caminhos para se alcançar um novo mundo, não mais um mudo de submissão, silêncio e miséria; mas um mundo de possibilidades.
Dessa forma, esperançamos que as reflexões construídas ofereçam subsídios para novas idéias e principalmente sirvam de inspiração para a viabilização de novos caminhos. Que estas nos favoreçam na problemática tarefa de ler o mundo proposta por Paulo Freire.
Palavras-Chave: Paulo Freire; Esperança; Círculo de Cultura
1 Aluno do curso de Psicologia da Universidade de Fortaleza (UNIFOR). arthur.petrola@hotmail.com
2 Doutoranda em Educação Brasileira na Universidade Federal do Ceará (UFC/FACED). Professora do curso de Psicologia da Universidade de Fortaleza (UNIFOR). vsalgueiro@unifor.br
3 FREIRE. P. Pedagogia do oprimido. 42ª ed. Rio de Janeiro, 2005.
4 FREIRE, P. Ação cultural para a liberdade e outros escritos. 10ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

HISTÓRIA DO GRUPO ESPERANÇAR

o grupo é formado por pessoas que se articularam a partir do estudo da obra de Paulo Freire